Caminho de cegos! - Cida Correia


Um lugar imundo, onde todas as sujicidades se mostram; lixo, horror, medo, vergonha, violência, lagrimas.
Pessoas que não vêem como a sua intolerância machucam quem precisa  somente de uma Mao estendida.
Todo tipo de podridão esta  entranhada na pele de toda essa gente, capaz de matar,roubar e humilhar,  para se mostrar melhor que o outro.
Olham para o lado não enxergam,
Vêem as pessoas, mas não as reconhecem,
Enxergam as suas mesquinharias, mas não são capazes de descartá-las.
Pessoas como você que nunca diz uma palavra de carinho.
Pessoas que matam, ou humilham por um falso reconhecimento dos outros.
Pessoas que correm tanto, reclamam tanto, brigam tanto, não sabem o porque de tudo isso.
Fingem tanto e acabam se perdendo entre caminhos e escuridão.
Assim, enganando; traem a si mesmo.
Assim violentando: agridem a si mesmo e aos outros.
Assim agridem verbalmente e não sabe o quanto uma palavra seca a alma.
Onde vai dar esse caminho de cegos?
Onde vai dar esse labirinto de estranhos?
O lugar leva ao destino que você não pode escolher.
O destino leva onde você escolheu e não soube ser.
Cada um com suas dores, cegueiras e flores.
Andam por estradas tortuosas, carregam em si uma maldade,
Correm por lugares que não sabem se existem:
Visitam fatos que estão escondidos no dentro de si.
Carregam coragem que não sabiam que tinham
Pessoas que nunca olharam pra dentro e agora vêem
Como tudo  não passa de mera visão de mundo, sem fundo, sem nexo, sem verdade.
Essa verdade que esta em um lugar que todos acham que pertencem a si mesmo.
Mas a verdade é que não existe verdade: ela simplesmente pertence akele que doa, compartilha, ajuda e vê o colorido de uma vida, que vai ficando pra traz.
Pessoas que correm tanto e não sabem para qual porto quer chegar.
Pessoas que amam tanto e não sabem o que é amar.
Pessoas que desejam tanto que estão secas e não sabem o que é doar.
Pessoas, precisam enxergar, ver, e sentir a vida pulsando dentro do outro.
Um mundo de cegos que enxergam, mas não conseguem ver nada.


Cida Correia

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